domingo, 3 de outubro de 2010

Divagando sobre princípios equivocados: Igualdade e liberdade de julgo

Uma palavra tão defasada, a ética, ou pelo menos seu significado. Talvez porque venha acompanhada de adjetivos tão subjetivos como honestidade, personalidade, senso crítico, ingenuidade. Esta última por vezes desvalorizada pois pode lembrar fraqueza, infantilidade, falta de experiência... O engraçado é que as pessoas, muitas vezes, as usam adequadas a uma situação oportuna(ou oportunista) delegando seus próprios valores a elas, com julgos próprios(eu mesmo estou fazendo isso, agora). É uma velha máxima aquela que diz: "pimenta nos olhos dos outros é refresco" e também: "esperto é aquele que se faz de bobo". São expressões populares que evidenciam nossa forma de agir e julgar as pessoas. Cabe a nossa 'necessidade' aplicar essas 'verdades', pois fala-se tanto em ética, coerência no que dizemos e o que isso se aplica na 'nossa' realidade. Em verdade, adoramos apontar o dedo, na maioria das vezes em que fazemos o mesmo ou pior. Admite-se também a valorização do esperto, e o desmerecimento do 'ingênuo' ou humilde: aquele que opta por não aderir a vontade da maioria, analisar as duas partes, desconfiar das certezas e verdades apontadas. Assim, se fez nossa cultura preconceituosa e descriminante: não aceitamos pessoas livres e pensamento e crença, que optem por suas escolhas contrárias á maioria. Principalmente há um forte machismo nas ações humanas e socias, admite-se a liberdade amorosa masculina em detrimento da feminina; Espera-se que o homem seja propenso a gostar de futebol, luta, stockcar, e saiba se 'defender' em uma briga. Sempre houve uma tendência ao exibicionismo humano_ a imagem que o dinheiro compra, não importando muito questões de integridade de princípios como o auto-controle e a humildade_; vale quem é popular, faz graça, diverte os outros, engane os outros. Tudo admiti-se até o ponto que o julgo pessoal esquece questoes morais, como falar pelas costas, fofocar a vida alheia. Como avaliar nosso valor, se podemos esquecer nossas opiniões para agradar os outros? Desrespeitamos a integridade de uma pessoa mas exigimos a nossa intacta. Criamos distinções muito bem definidas, na verdade estereotipadas: podemos ganhar um rótulo, assim como distribuimos para os outros.

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