sábado, 24 de julho de 2010

Partidos, diversidade de uma cara só

É véspera de eleição: começará a invasão midiática de propagandas políticas, exibição de candidatos, números e partidos. Esses partidos que comumente formam coligações com várias ideologias, em que antes se alfinetavam e agora caminham juntos para "formar este Brasil". Quase não dá para levar a sério a relação candidato-partido, já que muitos migraram e se revezam entre vários partidos. No congresso há sempre uma concorrência por cadeiras porque determina o poder de decisão na 'casa'. Por essas e outras que sou contra essa formação de partidos, que aparecem aos montes e são abrigados e sustentados pelo governo. Atualmente são 513 deputados que formam o Congresso mais os senadores que em média são 3 por estado. Além das despesas do Congresso Nacional, a União desembolsa, todos os anos, cerca de R$ 100 milhões, por meio do Fundo Partidário, para a manutenção dos partidos políticos que no Brasil são 29. Só em 2005, foram repassados R$ 121,8 milhões para as entidades partidárias brasileiras.  Os partidos que mais receberam, em 2005, foram o PT (R$ 24,7 milhões), o PSDB (R$ 19,2 milhões), o PMDB (R$ 17,9 milhões) e o PFL (R$ 17,8 milhões). Este ano, até 22/05, os partidos já receberam R$ 41,4 milhões dos cofres públicos.É imprescionante as regalias que cada político recebe: A União gastou com passagens e diárias de funcionários R$ 1,2 bilhão em 2005. Só as despesas com passagens chegaram a R$ 663,6 milhões. Os custos com diárias somaram R$ 584,2 milhões. Entidades privadas sem fins lucrativos, como Organizações Não Governamentais (ONGs), Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIPs) e Fundações, receberam, de 2001 para cá, R$ 10,3 bilhões do governo federal. No ano passado, cerca de 5.300 entidades foram beneficiadas com dinheiro público. Parte dos repasses foram feitos por meio de emendas parlamentares, propostas por deputados e senadores. E assim o dinheiro se distribui entre partidos, fundações, instituições,  deputados, seus assessores(alguns 'fantasmas') e demais servidores de 'superior categoria'.
Muitos pensam que a diversidade de partidos no Brasil é benéfica para a democracia, mas qual a função deles senão formar instituições polarizadoras de poder, que agem em 'colaboração' apenas para fins eleitorais, de representação política, esquecendo de muitos de seus princípios conjunturais? O efeito é mais negativo que positivo, pois como visto acima, onera o erário público e torna a política um centro publicitário de competição que usufrui e manipula o dinheiro público com pouca responsabilidade: Delega funções e cargos milaborantes a parentes, recebedores de favores; Terceiriza quase tudo a assessores, desdenha fiscalizadores quase ineficientes sobre gastos e aplicações.
Precisamos já pensar em como inibir esses poderosos que sabem que se o povo pouco perceber isso, não recebendo boa formação educacional, de crítica participativa, alimentando mamatas como bolsa-família, vale'qualquer coisa', nada os atingirá. Existem bandidos lá dentro, articuladores de esquemas que calam os poucos insurgentes, revezam o poder, e mantém esta mesma situação e estrutura de condescendências e negligências que acostumaram a todo mundo e beneficiam os que lhe dão dinheiro.
Fonte em parte de : http://starsasa.blogspot.com/2006/06/para-onde-vai-nosso-dinheiro.html

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