domingo, 25 de julho de 2010

Pacato Cidadão

A relativa paz que paira sobre nossas cabeças é uma dádiva e me faz pensar em como pode haver tanta guerra em vários lugares do mundo ainda; rebeliões, conflitos de tribos urbanas, grupos armados de motivos políticos como as FARC, piratas na Somália, crime organizado, máfia chinesa, russa, siciliana(...) E pensar que nossa história se desenvolve basicamente entre guerras que mudam os rumos da organização mundial de qualquer instância, revoluciona culturas, e mata principalmente. Causa medo e fúria, perseguindo desde meros viventes camponeses a nobres reis, poderosos, muitas vezes usurpadores de poder.
A principal causa de uma guerra, geralmente assim denominada (quando a briga é grande), por interesses gananciosos, levanta multidões a duelarem incitadas por seus governos, líderes ou por sua legítima sobrevivência; espíritos patrióticos exagerados e de razões equivocadas. Quem soma vitórias e portanto influências políticas-diplomáticas passa então a ditar as regras e direitos a vigorarem; Ideologias, formas de conduzir a nação,  direitos e obrigações tudo se polariza e pesa sobre a cultura vigente; Quando explode sob forma animalesca e abrupta pode arrasar o 'sistema' atual', o equilíbrio temporário até que funcione. Funciona quando permite a paz relativa; o que seria um conjunto de normas e éticas padronizadas, cumpridas genericamente bem e que não desequilibram o ciclo das matrizes de 'sobrevivência' e como se organizam para usufruí-las. Partindo desse conceito, um bom sistema que penso funcionar é o atual: capitalista. Determina quem tem, como obter, o que é de direito, ético, legal, benéfico a manutenção dele próprio e como devem ser as instituições e nações (que dele dependem); Neste último floresceu com mais vigor a antiga e bem vista democracia,_poder da maioria_buscando a integridade de direitos individuais e corporativos, conceitos de tudo, e basicamente manda porque tem o combustível para liderar as massas. Como sempre foi um regime, mas permite o direito a informação e abre brechas aos menos atuantes. Por último devemos notar que a manutenção dessa paz depende também de mecanismos que amansem o instinto revoltante da população: Por tempos na Roma Antiga, a política do pão-e-circo entretia a população que podia se revoltar pela pobreza que lhes acometia. Hoje, a insurgência quase acabou porque os governos perceberam que dando 'esmolas' emergenciais e entretenimento aos pobres, os iludia para continuarem suas barbaridades sem se preocupar com o levante das massas. 
É pacato cidadão, você não tem do que reclamar: lhe deram, vale pra tudo; lhe trouxeram a luz, agora tem como passar horas estasiado em frente a hipnotizante tv; Trouxeram os ricos para lhes fazerem show com os pés nesta próxima Copa e para mostrar a todos o quanto seu dinheiro pode transformar a imagem de um país e sua idolatria. É assim que passamos, em relativa paz, onde tiroteios  mortes em favelas; guerras a la arábica vira entretenimento televisivo, e é motivo de filmes como tropa-de-elite(mascarado de crítica social). É justamente o que o povo quer. A paz que é sinônimo de justiça, a maioria do povo desconhece: educação, saneamento básico, ética, informação, igualdade, não é coisa que o governo pretende distribuir tão facilmente, vá que acordemos e as migalhas de pão não nos bastem mais!

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