As cotas nas universidades tentam regular as chances de selção de grupos historicamente excluídos como os negros. No entanto, essa tentativa tem caráter paliativo ao visar apenas as consequências dessa desigualdade e efeito contrário ao onerar quem depende unicamente de seu próprio desempenho.
A sociedade herdou tanto a diversidade de raças quanto a esigualdade entre elas: A questão de atribuir uma regalia compensatória aos descendentes de escravos é retrógrada, pois percebe-se que o povo brasileiro apresenta uma mistura de fenótipos e geralmente não há uma nítida diferenciação entre brancos, negros e mulatos. Ademais, não soluciona o problema, pois há uma estrutura em que os detentores dos recursos econômicos repassam seu poder aquisitivo aos filhos. Isso gera um ciclo de pobreza, principalmente entre os negros que ficam á margem desse processo. Então, passam a depender dos sistemas do governo, como os deficientes ensino primário e médio.
Há, também, a outra parte envolvida: os concorrentes que não dispõem dos mesmos privilégios. Estes podem perder vagas, às pessoas que, sem as cotas, não alcançariam o mesmo objetivo. Trata-se, portanto, de outra injustiça. O que poderia levar a mais preconceitos e discriminações.
Logo, essas medidas inclusivas se mostram necessárias e corretas quando se observam as condições adversas dos envolvidos como baixa renda familiar e ensino de pouca qualidade. Assim, adequando-os à seleção sem prejudicar a chance dos que podem e têm condições próprias de se qualificarem profissionalmente.
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