sábado, 27 de março de 2010

Benjamin e o beija-flor_milagres da vida

Quem já viu o filme, O Curioso caso de Benjamin Button, percebeu a mensagem que ele quer passar: a vida pode ser catastrófica e maravilhosa, ao mesmo tempo, por pontos de vista diferentes. No filme ele nasce um bebê com estrutura de idoso e  a medida que cresce vai rejuvenescendo. Descobrindo os prazeres e os desprazeres da vida, passando pela infãncia, adolescência, até sua maturidade, seguindo o ciclo da vida invertidamente ao das pessoas normais, pois nascendo com um aspecto velho e ficando novo com o tempo ele nos faz refletir se a velhice propriamente dita é só mais uma ilusão que criamos de sofrimento e de começo do fim. Crescendo num asilo junto a vários idosos, seus mais próximos amigos, ele aprende que as pessoas se vão, de variadas formas, mas todos para um mesmo lugar. Apesar disso, ela pode ser maravilhosa. As pessoas vivem buscando por milagres que caiam do céu, facilidades, que não haja obstáculos e percalços. Mas esquecem de valorizar aqueles milagres fundamentais como a vida própriamente dita, um sorriso inesperado, ou mesmo a chance de lutar, continuar, se reerguer. No filme é bem retratado esse aspecto, num personagem tragicômico: um senhor que é um dos últimos a "permanecer" no asilo, então várias vezes ele conta ao Benjamin que foi acertado 7 vezes por um raio, de formas diferentes; passeando com o cachorro, sentado na varanda, andando de carro e outras e na sétima vez ele diz a ele que sobreviveu aos raios e até agora não esquece de agtradecer a Deus por mais um tempo de vida, por poder estar vivo.
São poucos os que notam os pequenos milagres: como o beija-flor, um minúsculo pássaro, capaz de voar em marcha-ré e de permanecer imóvel no ar. (O batimento das asas é muito rápido e as espécies menores podem bater as asas 70 a 80 vezes por segundo.) Cito-o pois no filme ele faz referência ao beija-flor a um pequeno milagre, podendo voar pra trás, como o Benjamin, no sentido do decorrer da vida. Também gosto do beija-flor, parece que ficamos admirados quando um aparece, não é lá muito comum, parece que ele aparece quando menos esperamos, distraídos buscamos maravilhas maiores. É interessante ver no filme, ele aparece em cenas como uma guerra no mar da época da primeira guerra mundial em que Benjamin participara e depois no final do filme pela amada de Benjamin no seu leito de morte, que é a narradora da história, contada em forma de retrospectiva, que estrategicamente, era um dia ameaçado pela força destruidora do furacão Katrina, dava para ver de sua janela do hospital o furacão vindo. E quem aparece derepente: o beija-flor, para trazer paz para sua alma poder partir. Curiosamente Benjamin morre nos braços dela como um bebê (anos antes de sua moléstia).

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