sábado, 21 de novembro de 2009

Dom Pedrito


Local onde nasci e vivo, Dom Pedrito, cidadezinha pacata, onde judas perdeu as botas, mas pra mim a melhor cidade para se viver. Gosto do jeito peculiar dessa cidade, calma e pacífica (a certo ponto) onde todo mundo se conhece, convive mesmo, se encontram pela rua, nas festividades da cidade... Essa cidade da região da campanha, de família que se reúne na fazenda preservando essa cultura de aprecição da natureza campestre, tipicamente gaúcha. Cidade onde já teve cinema, empregos para todos. Hoje se vê encolhendo, seu habitantes migrando principalmente para cidades industrializadas como Caxias do Sul, que atualmente abriga mais de 10000 pedritenses!, Seus jovens se vão em busca de boas faculdades e mercado de trabalho mais vantajoso. Hoje concentra por volta de 38000 munícipes mas há tempos eram 40000. Indicada como a 4ª com maior PIB do Rio Grande do Sul numa produção baseada na cultura de arroz, na pecuária de gado e cavalo crioulo e com comércio voltado para o mercado interno tendo que concorrer com muitas cidades atraentes aos pedritenses como Rivera e Bagé. Além do pequeno incentivo público e empresarial para formação de cursos técnicos, mas que agora vem engatinhando com a vinda da UNIPAMPA com cursos voltados para o agronegócio e produçao rural, como estávamos quase implorando pois pouco se conhecia de técnico em agronegócio, zootecnia, nas estâncias além do capataz ou ajudante no máximo veterinário geralmente. Porta o título de Capital da paz, mas indicadores revela seu grau de violência como a 9º mais violenta do RS e que 39% de sua população está a baixo da linha da pobreza, imaginemos como devem estar boa parte dessas pessoas depois da enchente da semana passada, a maior em 50 anos, flagelados se abrigando em ginásios municipais! Uma cidade eu diria típicamente brasileira com periferias muitas marginalizadas pelo crime resultante da pobreza, onde há sempre aqueles que acumulam boa parte da riqueza da cidade como nossos arrozeiros latifundiários alimentando essa desigualdade social. Por enquanto Dom Pedrito vive essa realidade em um grau mais brando, de cidade média, ainda preserva seus costumes, mas do jeito que vai quase "parando", estagnando, pode chegar a média nacional das cidades grandes onde nenhum município gostaria de ostentar o título vergonhoso de pobreza e desigualdade!

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